Utilizado até os dias de hoje, tanto no grego moderno como na matemática, física e astronomia, o alfabeto grego foi desenvolvido por volta do século IX a.C. Acredita-se que o alfabeto grego deriva de uma variante do semítico, introduzido na Grécia pelos fenícios. Dado que o alfabeto fenício não continha vogais, os gregos adaptaram alguns símbolos sem valor fonético em grego para representar as vogais. Este fato tornou possível a transcrição fonética, satisfatória, das línguas europeias.
Hoje o alfabeto grego é formado por 24 letras e permanece sendo utilizado na escrita da língua grega. É notável a sua importância, pois além de ser a escrita de uma das mais importantes culturas desenvolvidas pela humanidade, considerada o ‘berço’ da civilização, ela foi difundida entre as mais diversas regiões, como Índia e Egito, tendo ainda servido de base para a composição de outros alfabetos, como o cirílico, utilizado no registro da língua russa. Isso sem contar o uso cotidiano das letras gregas nas ciências exatas – matemática, astronomia, fórmulas químicas, dentre outros.
Os significados originais dos nomes das letras fenícias foram, em grande maioria, perdidos quando o alfabeto foi adaptado para o grego. Em todo caso, sabe-se que a primeira letra grega, “alfa”, deve seu nome à palavra fenícia “aleph”, que neste idioma significa “boi”; quanto a segunda letra, “beta” vem de “beth”, que significa “casa”.
Originariamente existiram variantes do alfabeto, sendo os mais importantes a ocidental (Calcídica) e a oriental (Jónica). A variação ocidental deu origem ao alfabeto etrusco, que por sua vez originou o alfabeto romana. Atenas adaptou a variante oriental, abrindo espaço para que pouco depois desaparecessem as demais formas existentes do alfabeto. Já nesta época escrevia-se da esquerda para a direita, a princípio a maneira de escrever era alternada – ao concluir uma linha passava-se para a próxima pelo lado da anterior, invertendo todos os caracteres. O fator inovação do alfabeto grego são as vogais. As primeiras foram Alfa, Épsilon, Iota, Ómicron e Upsilon.
História:
O alfabeto grego surgiu em meados do século VIII a.C., aproximadamente dois séculos após a queda da Civilização Micênica e consequente desuso de sua escrita Linear B, um dos primeiros sistemas de escrita grego. Com a queda de Micenas e a ascensão da Grécia Antiga, surgiu o alfabeto que reconhecemos hoje. A mais notável das mudanças é a introdução das vogais, sem as quais o grego seria ilegível. Assim, dividiu-se as letras em duas categorias – consoantes (“coisas que soam bem”) e vogais, onde as consoantes tinham sempre que ser acompanhadas das vogais para criar uma unidade coerente e pronunciável.
Idiomas que utilizam o grego:
Atualmente, somente o grego moderno e o tsacônio, língua falada na área oriental do Peloponeso, no sul da Grécia continental, são escritos usando o alfabeto grego. Além desses idiomas, a língua bactriana, já extinta, falada na antiga Bactria, e o copta, atualmente em uso na liturgia da Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria, também adotaram o alfabeto, com algumas contextualização. As letras gregas são também utilizadas na linguagem científica e matemática, como exemplo o gama e as variações que são representadas pelo delta na física e na matemática.