Pouco explorado nas escolas, mas sempre presente, apesar de muitas vezes não ser percebido e, até mesmo, entendido em um primeiro momento, o alfabeto fonético é visto como de grande importância para linguistas, tradutores, professores de línguas estrangeiras e fonoaudiólogos. Ele é um sistema de símbolos que tem o objetivo de representar foneticamente as palavras escritas em qualquer idioma.
O alfabeto fonético da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) é o mais utilizado no mundo, além dele também é bastante usual o alfabeto fonético internacional. Podemos concluir que o alfabeto fonético é um código usado internacionalmente com o intuito de saber a pronúncia correta das palavras. Existem três tipos diferentes: além dos já citados acima, o radiotelefônico também é um exemplo de alfabeto fonético.
Alfabeto Fonético x Alfabeto de Soletração
Enquanto o alfabeto radiofônico é um alfabeto de soletração, ao qual define para cada palavra uma palavra-chave que auxilia na hora de enviar uma mensagem de voz, seja por rádio ou telefone, e o alfabeto da OTAN é o mais utilizado, o internacional é o que permite a qualquer pessoa entender e reproduzir qualquer língua. Basta recordar das letras que ficam entre colchetes ao lado de uma palavra no dicionário para entender melhor a aplicação e o que é alfabeto fonético.
Apesar de muitas pessoas desconhecerem o porque de existir esse conjunto de símbolos nos dicionários, que nem sempre é formado apenas por letras do alfabeto latino, a expressão é muito usual para aqueles que têm dúvidas quanto a pronúncia da palavra. Quem não conhece o significado dos símbolos não precisa se preocupar, pois um índice no início do dicionário costuma mostrar a que letra se refere cada símbolo. Além disso, os símbolos auxiliam na identificação da sílaba tônica e assim entender a entonação da palavra.
Já os alfabetos radiotelefônicos ou de soletração, sendo que o da OTAN é o mais comum, que usam palavras chaves para cada letra, como ‘alpha’ para ‘A’, ‘bravo’ para ‘B’, são comumente confundidos com o alfabeto fonético internacional. De todo modo facilitam a comunicação, evitando possíveis erros quando as mensagens são enviadas apenas de maneira falada.
História
Por mais que inicialmente pareça complicado, com um pouco de estudo o uso desta ferramenta torna-se algo simples. Esse sistema é bastante antigo, a sua criação data do ano de 1886, quando o linguista francês Paul Passy liderou um conjunto de professores da França e da Inglaterra formando a Associação Fonética Internacional.
Muitas mudanças ocorreram ao longo do tempo, nos primeiros anos após a criação do alfabeto fonético internacional existia uma uniformização em todos os idiomas. Depois disso, ocorreram revisões, onde foram acrescentados ou eliminados símbolos, sempre com o intuito de facilitar o seu uso. A última revisão ocorreu no ano de 2005.
Para representar as letras, a maioria dos símbolos se refere ao alfabeto romano ou de uma língua derivada dele. Porém, existem símbolos que se referem ao alfabeto grego e outras que não pertencem a nenhum alfabeto. Atualmente o alfabeto fonético conta com 107 letras e símbolos para indicar como a palavra deve ser pronunciada. Apesar do alfabeto ser formado por símbolos que não pertencem ao alfabeto português, muitos deles são conhecidos pelos brasileiros.