O alfabeto russo ou cirílico moderno é a variante do alfabeto utilizado com o idioma russo. Foi introduzido na época do domínio do Rus de Kiev (estado medieval dos eslavos orientais) em paralelo a sua conversão ao cristianismo (988). O russo se escreve com uma versão moderna do alfabeto cirílico, que utiliza 33 letras. O mesmo é usado para escrever várias outras línguas – por exemplo, o búlgaro, o bielorusso, o ucraniano e o servo-croata. Cada língua, no entanto, tem as suas particularidades e certas variações, com algumas letras a mais ou a menos que outras. Dos 33 caracteres, 10 são vogais, 21 consoantes e 2 sinais, esse último não são exatamente letras – servem para alterar a pronúncia de determinadas letras.
O sistema alfabético também é conhecido como azbuka, derivada dos nomes antigos das suas duas primeiras letras. Seu nome também é uma referência a dois santos, Cirilo e Metódio, diáconos em Constantinopla, na época capital do Império Bizantino. Acredita-se que seu criador tenha sido São Clemente de Ohrid, que em algum momento, em meados do século X, o desenvolveu a partir do alfabeto grego, acrescido de conectivos e consoantes do alfabeto glagolítico e do búlgaro para representar sons que não haviam na Antiga Grécia.
Este novo sistema foi desenvolvido para registrar o antigo eslavo eclesiástico. Na primeira língua eslava, os estruturadores do alfabeto foram Cirilo e Metódio. Além do alfabeto grego foram acrescidos símbolos inspirados no alfabeto hebraico para representar fonemas com maior propriedade.
O sinal duro ъ indica que a consoante precedente não está palatalizada (quando encostamos a língua no céu da boca para pronunciar tal vogal ou consoante). Sua pronúncia original era simples, com um som curto estilo xwa, usualmente latinizado ŭ.
Até aproximadamente 1900, os nomes mnemônicos herdados da Igreja eram usados nas letras. Contando que a maioria dos nomes antigos são de nativos, tem-se argumentado que a leitura da lista na ordem tradicional produz um estilo de hino para o alfabeto, uma ordem moral.